Até que ponto elas são saudáveis?
O tempo que as pessoas passam on-line é realmente significativo. A comunicação é essencial ao ser humano e o fato de poder fazer isso à distância e simultaneamente torna a internet um instrumento muito atrativo e por isso pode-se observar que cresce cada vez mais o número de usuários.
Uma pesquisa realizada pelo Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil) mostra que os brasileiros estão acessando cada vez mais a internet. Observou-se que 40% dos entrevistados passam, pelo menos, duas horas por dia na web através de vários dispositivos. O ato de “navegar” é atividade preferida em todas as faixas etárias, além de ser considerado o meio mais importante para 82% dos participantes.
Junto com a internet, as redes sociais também têm ganhado espaço entre os usuários e os dispositivos móveis que proporcionam o acesso de qualquer parte. Facilitou ainda mais a conexão com o mundo virtual. É comum estar num restaurante, por exemplo, olhar ao lado e ver dezenas de pessoas entretidas na web.
Para o publicitário Nélio Lisboa Santos, a facilidade e rapidez de comunicação que a internet proporciona podem, ao mesmo tempo, aproximar e afastar as pessoas. “Acho que a rede afasta quem está perto e aproxima quem está longe. Às vezes as pessoas estão em lugares que deveriam se divertir, mas estão lá apenas fisicamente”, opina.
Relações modernas: Aproximam quem está longe, afastam quem está perto.
A psicóloga Carolina Luiza Souza avalia a internet como o ambiente no qual o indivíduo está inserido com a sociedade, no trabalho e com a família. “Como a internet irá interferir no comportamento das pessoas, se positiva ou negativamente, dependerá da relação que o indivíduo irá estabelecer com a mesma considerando os fatores biológicos, sociais e históricos”, explica.
Já o analista de sistemas Daniel Christian Freitas acha que a internet aproxima as pessoas devido à facilidade e rapidez com que se faz amizades na rede. “Em dois cliques você conhece e já se torna amigo de alguém, on-line as pessoas criam mais coragem e fazer amizade se torna mais fácil do que pessoalmente”, brinca.
Ainda de acordo com Carolina, uma relação virtual pode ser apreendida com base no que já existe com uma cópia da relação real ou mesmo como experimentação. “A relação virtual será investida se trouxer algum ganho para o indivíduo mesmo que seja para evitar alguma coisa como, por exemplo, evitar o sentimento de solidão ou como ganho agregar público ao marketing de um negócio virtual. O contexto atual afeta diretamente o comportamento das pessoas para um estilo de vida com muitas tarefas, prevenção da violência social motivando um isolamento em suas casas e local de trabalho. Diante disso, a necessidade essencial do ser humano em se relacionar é atendida sobre esta forma moderna: virtualmente.”
O comerciante aposentado Roberto Nascimento desaprova relações virtuais por achar que não são verdadeiras. “Eu não sou mais tão novo, mas há algumas décadas as amizades eram para valer e não como hoje que a pessoa tem mais de 100 amigos virtualmente. Não que eu seja contra a evolução da comunição, mas hoje os jovens passam mais tempo na internet do que se divertindo com a família”, recorda.
Para a psicóloga é preciso haver um ponto de equiíbrio entre o contato físico e a relação virtual. “O que pode gerar comportamentos que não sejam saudáveis para o indivíduo e seu meio, é a ausência do mínimo de relacionamentos pessoais de contato físico, seja na família, trabalho ou comunidade. A transformação total das relações em virtuais pode ser prejudicial, portanto é preciso um equilíbrio”, completa.
– Natália Ramires,
5º Semestre
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